Obrigado Senhor por este grande presente que tantos de nós já recebemos nesta vida.

Benito era um gerador de vontade, um verdadeiro catalisador para todos aqueles que, graças a ele, conheceram o mundo das missões, África, Moçambique e colaboraram com ele.

Nada  impediu-o na sua vida  "missionário até o fim", até as últimas entregas feitas na quinta-feira à noite para alguns de nós, não houve nenhum evento, nenhum perigo, nenhuma guerra civil, nenhuma doença, ninguém, nenhuma mudança de vida ou institucional,  que  o pudessen desencorajar, dissuadiu-lo  ou impedi-lo de operar e dar frutos.

África, Moçambique e os pobres foram a sua missão cumprida, disso somos testemunhas.

Acima de tudo, os sofrimentos que levava consigo no corpo e os que levava no seu coração foram para todos nós o testemunho mais autêntico  do que um homem, um sacerdote, um servo de Deus e dos  pobres,  possa trabalhar na vinha do Senhor e pela sua seara, sem ter que aparecer, dar-se ares, assumir papéis ou procurar reconhecimentos, enfeitiçar com elóquios.

Tinha a cabeça  muitas vezes dobrada, mas as mãos fortes e reconfortantes, o rosto mal-humorado, mas com a ternura de um pai amoroso e atencioso; as pernas doentes, mas quantos quilómetros fez neste mundo; não havia viagem, pequena ou grande, das quais voltasse com as mãos vazias, sempre com um único pensamento  para com as missões e para com os pobres: "não ter feito o suficiente e poder fazer mais".

Este é o legado que Benito deixou para todos nós!

Que o Senhor, dono da vinha, o receba nos seus braços e lhe conceda finalmente o bem merecido descanso e a sua paz.